Este texto é utilizado nas devolutivas aos pais, em momentos de orientação. Educar significa levar o outro a refletir. A construção da relação de diálogo exige uma constante observação por parte dos educadores - seja na escola, seja em casa - e desta observação surge o encontro... do encontro, o diálogo que convida a criança ou adolescente a analisar a situação, contextualizá-la, problematizá-la e então refletir sobre o que aconteceu e como pode acontecer. Desta arte podemos construir todo tipo de saúde relacional, que cadencia uma série de conquistas para toda a vida adulta. Aproveitem o convite de Natália e cultivem esta arte!
Boa Leitura!
Daniela Favaro
Muitas vezes as situações dentro de casa saem de nosso controle e não sabemos o que fazer com nossos filhos. É muito comum esta queixa no consultório, “mas eu disse para ele não fazer”, “nós conversamos sobre isso”.
O que pode acontecer é que muitas vezes, apenas falamos para os nossos filhos o que devem fazer e não refletimos com eles sobre o acontecido ou sobre uma situação que vai acontecer. Impomos uma “regra” e não perguntamos o que acham e por que deveriam agir de determinada maneira, para isso estipulei nestes anos de atendimentos, passos para fazermos combinados com as crianças e adolescentes.
Fato que desencadeou o problema/ ou possível situação.
Não são os culpados, mas sim qual foi a “minha resposta” (responsabilidade) diante da situação.
Levantar a opinião da criança sobre o fato, e só depois fazer nossa avaliação do ocorrido.
Pense com a criança como ela poderia ter agido, pensando no que é aceitável socialmente (aqui é que damos repertório para a criança e validamos os valores da nossa família).
Não desconsidere os sentimentos negativos, a criança pode ficar brava, com raiva... mas a maneira como expõe e reage a estes sentimentos é que estão errados.
Propor à criança que tente agir de outra maneira, usando as reflexões do tópico acima.
A consequência pelos atos é a melhor maneira de ensinar a criança a respeitar os limites e as regras.
As consequências variam de acordo com a idade e com a dimensão dos fatos, mas podemos pensar que vão de pedidos de desculpas até a retirada de objetos e atividades.
Também é importante, caso haja danos a terceiros (amigos, irmãos ou os próprios pais) estabelecer a reparação, como fazer a pessoa se sentir menos prejudicada pelas atitudes tomada pela criança, isso proporciona a empatia.
Natália Rodrigues Delmonde
Psicóloga Clínica de crianças e adolescentes
Orientação de pais
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